A Fórmula 1 enfrenta alertas sobre o impacto do extenso calendário de corridas na saúde das equipes. Com 24 GPs previstos para 2025, o ex-mecânico da McLaren, Marc Priestley, destacou que a atual rotina “não pode ser sustentada para sempre”. Enquanto os pilotos viajam em condições luxuosas, a maioria dos membros das equipes enfrenta voos longos em classes econômicas, agravando o desgaste físico e mental, especialmente em períodos de rodadas duplas ou triplas.
Priestley expressou preocupação ao Casino Uden Rofus, sugerindo que a FIA pode precisar intervir para proteger os trabalhadores da categoria. “Eu não me preocuparia com o bem-estar dos pilotos, mas com as milhares de pessoas ao longo do pit lane. Muitos times já estão adotando rotatividade de pessoal, mas acredito que a FIA terá que exigir isso em algum momento, do ponto de vista de saúde e segurança.”
Um exemplo de estresse extremo foi o final da temporada 2024, marcado por uma rodada tripla que passou por Las Vegas, Catar e Abu Dhabi em poucas semanas. A logística complicada, incluindo voos longos e diferenças de fuso horário, foi alvo de críticas. Funcionários que desmontam garagens após um GP no domingo precisam estar prontos para montá-las novamente na nova sede na terça-feira, enfrentando exaustão e risco de acidentes.
“Essa última rodada tripla foi brutal. As diferenças de fuso horário e mudanças ambientais têm grande impacto. Pode parecer que há uma semana entre as corridas, mas os trabalhadores mal têm tempo para descansar. Mais cedo ou mais tarde, acidentes vão acontecer, e só então algo será mudado,” concluiu Priestley.
Referência: RacingNews365