As maiores trapaças da história da Fórmula 1

As maiores trapaças da história da Fórmula 1

As trapaças fazem parte da história da Fórmula 1, revelando o lado engenhoso – e às vezes desonesto – das equipes e pilotos que buscam qualquer vantagem em um esporte onde milésimos de segundo fazem toda a diferença.
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Rodrigo Lamonato

A Fórmula 1 é conhecida por sua precisão técnica e regulamentos rígidos, mas ao longo dos anos, algumas equipes e pilotos buscaram contornar as regras para obter vantagens indevidas. Desde o uso de artifícios aerodinâmicos até estratégias polêmicas no reabastecimento, as trapaças marcaram a história do esporte. Neste artigo, vamos revisitar algumas das trapaças mais icônicas que foram descobertas ao longo dos anos.

Carros abaixo do peso mínimo – Grande Prêmio do Brasil de 1982

Uma das trapaças mais notáveis aconteceu após o Grande Prêmio do Brasil de 1982, quando as equipes Brabham e Williams tiveram seus pilotos desclassificados por estarem com os carros abaixo do peso mínimo. Nelson Piquet, da Brabham, e Keke Rosberg, da Williams, terminaram em primeiro e segundo lugares, respectivamente. As equipes utilizaram uma estratégia onde os carros corriam mais leves ao longo da prova, despejando água de um sistema supostamente destinado a resfriar os freios. Depois da corrida, a água era reposta para a pesagem, o que tecnicamente os colocava dentro do regulamento. A FIA, no entanto, identificou a manobra e desclassificou os dois pilotos.

Nelson Piquet ultrapassou a linha de chegada em primeiro, mas foi desqualificado. Foto: Internet

Asas flexíveis e a inovação da fibra de carbono

Asas flexíveis surgiram como uma forma criativa de driblar as regras que proibiam dispositivos aerodinâmicos móveis. Engenheiros de algumas equipes encontraram maneiras de fazer com que as asas, feitas de fibra de carbono, flexionassem em altas velocidades, melhorando a eficiência aerodinâmica sem serem detectadas nos testes de rigidez da FIA. Isso permitia que os carros tivessem menor arrasto em retas, funcionando como uma espécie de “DRS disfarçado”, que só entrava em ação em determinadas condições.

Novo sistema que vistoria as asas para medir a flexibilidade e evitar trapaças. Foto: Internet

Reabastecimento suspeito – Benetton em 1994

No Grande Prêmio do Brasil de 1994, a Benetton de Michael Schumacher chamou a atenção ao sair do pit stop mais rápido que seus concorrentes, levando a suspeitas sobre o reabastecimento. A FIA investigou e descobriu que a equipe havia removido um filtro da mangueira de combustível, o que permitia injetar até 20% mais gasolina em menor tempo. A ausência do filtro foi justificada como um erro, evitando uma punição mais severa, mas a manobra gerou polêmica no campeonato daquele ano.

As maiores trapaças da história da Fórmula 1
Incêndio causado pela trapaça da Benetton em 1994. Foto: Internet

O “bip mágico” nas largadas perfeitas

Nos anos 90, algumas equipes encontraram uma maneira de garantir largadas perfeitas: um dispositivo emitia um bip sonoro no ouvido do piloto, exatamente 0,2 segundos antes das luzes do semáforo se apagarem. Isso permitia ao piloto reagir antecipadamente, garantindo uma vantagem sobre os demais. A FIA desconfiou e, ao mudar o intervalo de tempo das luzes, pegou os infratores, que partiram antes do semáforo se apagar, revelando o esquema.

Largada queimada pelos 4 primeiros pilotos em Nürburgring, 1999. Foto: Internet

As trapaças fazem parte da história da Fórmula 1, revelando o lado engenhoso – e às vezes desonesto – das equipes e pilotos que buscam qualquer vantagem em um esporte onde milésimos de segundo fazem toda a diferença.

Assita ao vídeo contando essa história completo no canal do Splash And Go:

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