O piloto Esteban Ocon revelou que sua saída da Alpine foi decidida de forma abrupta e desconfortável. Poucas horas antes do início do GP do Catar, no último fim de semana, o francês foi convocado ao escritório do consultor da equipe, Flavio Briatore, e informado de que sua participação no GP de Abu Dhabi seria cancelada.
Segundo relatos, Briatore teria condicionado a liberação de Ocon para os testes de pós-temporada com a Haas, sua futura equipe, à sua aceitação de encerrar o contrato antecipadamente. Essa estratégia pressionou Ocon a abrir mão da corrida, algo que ele lamentou nas redes sociais, ao apresentar o capacete especial que planejava usar na despedida:
“Não era assim que eu queria que as coisas terminassem.”
O chefe da Haas, Ayao Komatsu, confirmou que o acordo entre Alpine e Haas foi fechado, mas sem uma aprovação oficial até os últimos momentos no Catar. Já Toto Wolff, chefe da Mercedes, que mantém laços contratuais com Ocon, esclareceu que as negociações buscaram um benefício mútuo:
“Há uma relação contratual que expira no fim do ano. Discutimos uma solução para que Esteban se prepare cedo, e isso pode depender de correr ou não em Abu Dhabi.”
A decisão de substituir Ocon por Jack Doohan visa avaliar o desempenho do australiano em condições de corrida contra Pierre Gasly, antes do início da temporada de 2025. Fontes do paddock indicaram que a Alpine já estava testando Doohan em sessões privadas para comparar seus tempos com os de Gasly.
Essa movimentação também reforça especulações de que Briatore esteja interessado em trazer o piloto Franco Colapinto, atualmente associado à Williams, para a Alpine no futuro.
Apesar da polêmica, a saída antecipada de Ocon deixa claro que a Alpine busca reestruturar seu plantel e alinhar estratégias para a próxima temporada.
Referência: Motorsport
