A vitória no GP do Japão mal teve tempo de ser celebrada. No Bahrein, a Red Bull enfrentou uma realidade dura: Max Verstappen foi apenas o sexto, com um ritmo ruim e um carro incapaz de competir pelas primeiras posições. O próprio tetracampeão desabafou:
“Tudo que podia dar errado, deu. Nem queria falar com a equipe depois.”
A crise, que já rondava desde os episódios envolvendo Christian Horner, se acentuou agora sem o respaldo técnico de Adrian Newey, cuja saída deixou o RB21 sem direção. Pierre Waché, substituto direto, sente a pressão. O carro não entrega o desempenho esperado e Max já percebeu que dificilmente brigará pelo título assim.
Enquanto a equipe tenta se reorganizar, o papel de Helmut Marko se torna cada vez mais controverso. De elo entre direção e pilotos, Marko passou a ser o principal porta-voz de Verstappen para o mundo — e um crítico ferrenho da própria Red Bull. Suas declarações frequentes de que “vai ser difícil segurar Max” expõem ainda mais as tensões.
Após o GP do Bahrein, o clima esquentou: Raymond Vermeulen, empresário de Max, discutiu com Marko nos bastidores, e o consultor não hesitou em reforçar suas críticas públicas à equipe.
“Estamos a 8 pontos do líder no Mundial, mas o tempo para uma decisão está passando”, disse Marko, sugerindo inclusive que poderia deixar a F1 se Max saísse.
A situação é crítica: a Red Bull perdeu competitividade desde 2024, não conseguiu se encontrar em 2025 e, sem Verstappen e Honda no futuro, corre risco de cair para o meio do grid. As próximas corridas — começando pelo GP da Arábia Saudita, de 18 a 20 de abril — serão decisivas: ou a equipe recupera a confiança do piloto ou acelera um possível divórcio.
Referência: Grande Prêmio