Um escândalo de chantagem envolvendo o ex-piloto de Fórmula 1, Michael Schumacher, veio à tona com o início do julgamento de Markus Fritsche, 53, um ex-membro de sua equipe de segurança, e outros dois cúmplices na cidade alemã de Wuppertal.
Fritsche teria usado sua posição de confiança para roubar 1.500 fotografias e 200 vídeos da família de Schumacher como forma de vingança ao descobrir que seria demitido. O material teria sido armazenado em quatro pen drives e fazia parte de um plano de chantagem que exigia €15 milhões (cerca de $15,7 milhões) para evitar sua divulgação na dark web.
Segundo a acusação, Fritsche contou com a ajuda de seu filho, Daniel Lins, 30, especialista em informática, e um amigo, Yilmaz Tozturkan, 53, segurança de boate. O esquema veio à tona em junho de 2024, quando Tozturkan supostamente ligou para a família Schumacher para alertá-los sobre o roubo e enviou provas por e-mail, incluindo quatro fotos e os pedidos de resgate.
As autoridades suíças rastrearam o número do telefonema, levando às prisões dos suspeitos em 19 de junho.
Este não é o primeiro caso de tentativa de extorsão contra a família de Schumacher, que tem mantido a condição do ex-piloto em sigilo desde o acidente de esqui sofrido em dezembro de 2013. Em 2017, um homem foi condenado por ameaçar machucar o filho de Michael, Mick Schumacher, exigindo €900.000.
Mais recentemente, a família também venceu uma ação judicial contra uma revista alemã que usou uma entrevista gerada por inteligência artificial como se fosse um depoimento real de Schumacher. Em maio de 2024, um tribunal de Munique ordenou o pagamento de €200.000 em indenizações à família.
O caso atual destaca os desafios enfrentados pela família em proteger sua privacidade e segurança em meio ao interesse público contínuo pela figura do heptacampeão.
Referência: ESPN