Com a liderança em mãos e a corrida praticamente ganha, Kazuki Nakajima, pilotando o Toyota TS050, de repente diminuiu a velocidade nas retas de Le Mans, onde normalmente os carros superam os 300 km/h. Todos os presentes e os fãs ao redor do mundo prenderam a respiração. Será que a Toyota veria sua tão esperada vitória escapar mais uma vez?
Ao iniciar a penúltima volta, Nakajima lutava para manter o carro em movimento, mas a falha mecânica já era evidente. A peça responsável? Uma conexão entre o turbo e o intercooler havia quebrado, uma parte relativamente barata, mas que custaria milhões de dólares em investimento e a chance da vitória. Ao abrir a última volta, Nakajima finalmente encostou o carro próximo ao pit wall da equipe, em um dramático fim de prova. A equipe ainda conseguiu fazer o carro voltar à pista, mas o tempo de volta foi tão alto que levou à desclassificação do carro.
Essa não era a primeira vez que a Toyota enfrentava frustrações em Le Mans. Desde a década de 70, a montadora japonesa tentava conquistar a lendária corrida, tendo chegado perto várias vezes, mas sem sucesso. Em 1994, a equipe liderada por Mauro Martini, Jeff Krosnoff e Eddie Irvine ficou na frente por 20 horas, apenas para enfrentar um grave problema de câmbio três horas antes do final, terminando em segundo lugar. Em 1999, o piloto Martin Brundle conquistou a primeira pole da Toyota, mas a vitória escapou mais uma vez.
A derrota de 2017, com Nakajima ao volante, foi uma das mais dolorosas para a montadora. No entanto, a Toyota não desistiu e, finalmente, em 2018, conquistou sua tão esperada vitória em Le Mans, quebrando a maldição. A partir de então, a equipe venceu consecutivamente até 2022, até ser superada pela Ferrari em 2023 e 2024.
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