Sebastian Vettel e a banda ZZ Top no Paddock. Foto: Internet

Pilotos e roqueiros: Quando a Fórmula 1 encontra o Rock and Roll

Ao longo dos anos, o mundo da Fórmula 1 se cruzou com o rock and roll de maneiras inesperadas, com pilotos que também eram roqueiros e músicos que se aventuraram nas pistas.
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Rodrigo Lamonato

O rock and roll e a Fórmula 1, duas forças que dominam o mundo do entretenimento, compartilham uma longa história de conexões inusitadas e fascinantes. Muitos músicos icônicos se apaixonaram pela velocidade, assim como pilotos encontraram refúgio nas guitarras e no som do rock. Vamos explorar algumas dessas figuras que cruzaram os limites entre música e automobilismo.

George Harrison e sua presença na F1 dos anos 60

O lendário guitarrista dos Beatles, George Harrison, teve uma paixão pela Fórmula 1 que começou na década de 50, quando visitou o circuito de Aintree, perto de sua casa. No auge da carreira dos Beatles, em 1966, Harrison foi visto pela primeira vez no paddock em Mônaco, onde desenvolveu amizades com pilotos como Jim Clark e Graham Hill. Com o fim dos Beatles em 1970, George teve mais tempo para se dedicar ao automobilismo, tornando-se uma presença constante nos bastidores da F1 até o final de sua vida. Ele foi um grande apoiador de pilotos como Emerson Fittipaldi e Jody Scheckter, e esteve frequentemente no Brasil para o GP de Interlagos.

Emerson Fittipaldi e George Harrison tinham grande amizade fora das pistas e palcos. Foto: Reprodução

Sebastian Vettel, um tetra da F1 que é roqueiro

Sebastian Vettel, quatro vezes campeão mundial de Fórmula 1, não é apenas um ás das pistas, mas também um amante do rock. Vettel toca guitarra e, em sua adolescência, sonhou em ser cantor. Ele é fã declarado dos Beatles e já foi visto em vários shows de Paul McCartney, chegando a pagar uma quantia significativa por um LP raro da banda de 1963. Embora a Fórmula 1 tenha sido seu destino, Vettel nunca deixou sua paixão pela música de lado, carregando sempre o espírito do rock em sua vida.

Sebastian Vettel e a banda ZZ Top no Paddock. Foto: Internet

Brian Johnson, do AC/DC, é outro racer

Brian Johnson, vocalista do AC/DC desde 1980, é mais do que uma lenda do rock — ele é também um entusiasta das corridas. A paixão de Johnson por carros e automobilismo o levou a competir nas 24 Horas de Daytona em 2012, onde correu ao lado de pilotos profissionais. Johnson sempre manteve uma ligação forte com o automobilismo, participando de eventos e colecionando carros clássicos, o que o torna um ícone tanto no mundo do rock quanto nas pistas.

Elliot Forbes-Robinson, Byron DeFoor, Brian Johnson, David Hinton, Larry Ligas e Andrew Green, ao lado de um protótipo Riley BMW Daytona. Foto: Reprodução

Nick Mason, outro roqueiro que adora carros

Nick Mason, baterista do Pink Floyd, é um dos maiores colecionadores de carros clássicos do mundo. Ele possui uma impressionante coleção, incluindo raridades como o Alfa Romeo 8C, Ferrari 250 GTO e McLaren F1 GTR. Mason participou de cinco edições das 24 Horas de Le Mans, terminando duas vezes, incluindo um segundo lugar em sua categoria. Sua paixão pelo automobilismo é tão grande que ele é frequentemente convidado para eventos exclusivos de colecionadores, sendo uma figura respeitada tanto na música quanto nas corridas.

Nick Manson e sua Ferrari 250 GTO. Foto: Reprodução

Baterista do ABBA chegou a pontuar na F1

Slim Borgudd, ex-baterista da banda Made in Sweden e colaborador do ABBA, teve uma carreira surpreendente no automobilismo. Em 1981, Borgudd estreou na Fórmula 1 pela equipe ATS, e seus amigos do ABBA colaram adesivos da banda em seu carro para atrair patrocinadores. Embora sua carreira na F1 tenha sido breve, Borgudd conseguiu marcar um ponto no GP de Silverstone, algo raro para um músico transformado em piloto de Fórmula 1.

lim Borgudd marcou seu único ponto no GP da Inglaterra de 1981, em Silverstone. Foto: Reprodução

Mark Knopfler, outro roqueiro racer

Mark Knopfler, líder da banda Dire Straits, é outro roqueiro apaixonado por carros. Knopfler tem uma vasta coleção de carros clássicos e frequentemente participa de eventos como o Festival de Goodwood, onde já dividiu o volante com o lendário piloto Stirling Moss. Em uma de suas participações mais notáveis, Knopfler dirigiu um Aston Martin DBR1, mostrando que sua paixão pelas pistas é tão forte quanto sua dedicação à música.

Knopfler ao lado de Stirling Moss em uma Aston Martin DBR1. Foto: Reprodução

A amizade de Axl Rose com Kimi Räikkönen

A improvável amizade entre Axl Rose, vocalista do Guns N’ Roses, e Kimi Räikkönen, campeão mundial de Fórmula 1 em 2007, começou nos primeiros anos de Räikkönen na McLaren. Desde então, os dois mantiveram contato próximo, e Rose chegou a visitar Räikkönen em sua casa na Finlândia. A conexão é tão verdadeira que o nome de Räikkönen aparece nos créditos do álbum Chinese Democracy, lançado em 2008 pelo Guns N’ Roses.

Axl Rose e Kimi Raikonnen no Paddock da F1. Foto: Reprodução

Eddie Jordan, espertalhão e roqueiro

Eddie Jordan, ex-dono da equipe de Fórmula 1 Jordan Grand Prix, é um verdadeiro roqueiro. Além de seu envolvimento no automobilismo, Jordan toca bateria e lidera sua própria banda, Eddie and the Robbers. Ele frequentemente se apresenta em festivais e eventos de carros pelo Reino Unido, e em uma ocasião, tocou a icônica música The Chain de Fleetwood Mac, que por muitos anos foi o tema de abertura das transmissões de F1 na Inglaterra.

Eddie Jordan tocando sua bateria com a clássica cor amarela da Jordan. Foto: Reprodução

George Harrison e a carreira de Damon Hill

George Harrison não apenas amava a Fórmula 1, mas também ajudou a financiar o início da carreira de Damon Hill, filho de seu amigo Graham Hill. Após a morte trágica de Graham Hill em um acidente aéreo, a família enfrentou dificuldades financeiras, e Harrison interveio. Com sua ajuda, Damon conseguiu seguir carreira no automobilismo, culminando em seu título mundial em 1996.

Damon Hill e George Harrison no Paddock da F1. Foto: Reprodução

Jacques Villeneuve e seu disco de rock

Jacques Villeneuve, campeão mundial de Fórmula 1 em 1997, também mergulhou no mundo da música. Em 2007, após sua saída da Fórmula 1, Villeneuve lançou um álbum chamado Private Paradise. Embora não tenha alcançado tanto sucesso quanto nas pistas, o disco de rock de Villeneuve foi uma maneira de o piloto explorar sua outra paixão. Ele continua a se aventurar no mundo musical, apesar de sua carreira automobilística ser o foco de sua fama.

Capa do álbum de 2006 de Villeneuve. Foto: Reprodução

E assim, esses mundos aparentemente distantes continuam a se encontrar, criando histórias que inspiram e conectam gerações de fãs, seja no palco ou no paddock. Ambos, de certa forma, compartilham o espírito de rebeldia, performance e busca pela perfeição. Quem sabe quais novas colaborações ou amizades inesperadas surgirão nos próximos anos?

Gostou da história? Confira o vídeo completo no canal Splash and Go no YouTube

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