A FIA propôs ajustes no limite de custo da Fórmula 1 a partir de 2026 para beneficiar a Audi — futura dona da equipe Sauber, sediada na Suíça. A justificativa é a média salarial elevada no país, que colocaria a equipe em desvantagem financeira. No entanto, a proposta enfrenta forte resistência das demais escuderias, incluindo a Haas.
Ayao Komatsu, chefe da Haas, foi enfático em sua reprovação:
“Por que uma equipe sediada na Suíça tem uma isenção? Todos escolhem onde montar a equipe. Entre Londres e Oxford e o norte da Inglaterra, os preços são diferentes. Onde você para? Onde você traça a linha?”
Ele argumentou que o ajuste do teto com base no custo de vida seria um erro, pois desconsideraria outros fatores, como benefícios fiscais oferecidos em países como a Itália.
“Se olharmos para isso, há benefícios fiscais na Itália que tornam a contratação mais vantajosa lá. Vamos compensar isso também? É impossível analisar todas as dimensões e manter a equidade. A solução é manter as regras simples.”
Komatsu também alertou que mudanças no regulamento financeiro poderiam gerar novos problemas:
“Quanto mais você tenta regulamentar pequenos detalhes, mais cria outros problemas. Se dissermos ‘a Suíça está isenta’, o que vem depois? É uma caixa de Pandora.”
A proposta será discutida em novas reuniões da Comissão da Fórmula 1, mas, segundo Komatsu, a maioria das equipes já se manifestou contrária à ideia.
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Referência: Motorsport