O GP de San Marino de 1985 é lembrado como uma das corridas mais caóticas da Fórmula 1.
O Grande Prêmio de San Marino de 1985, realizado no icônico circuito de Imola, é um dos mais lembrados na história da Fórmula 1 pela sua imprevisibilidade e caos. A corrida, que fazia parte da infame era dos motores turbo, foi marcada por quebras e abandonos inesperados, resultando em uma das provas mais surpreendentes de todos os tempos.
Naquele ano, a FIA havia implementado uma regra que limitava o tamanho dos tanques de combustível a 150 litros, proibindo o reabastecimento durante a corrida. Essa mudança, feita para aumentar a segurança, acabou por criar um grande desafio para as equipes, que precisavam balancear a performance dos carros com a economia de combustível. Imola, com suas longas retas e curvas de alta velocidade, provou ser o cenário perfeito para testar os limites dessas novas regras.
A corrida de 60 voltas começou com Ayrton Senna na pole position, que liderou até a volta 56. Contudo, o piloto brasileiro viu sua liderança escapar quando seu carro ficou sem combustível, para a tristeza dos fãs e alegria dos tifosi. Stefan Johansson, pilotando uma Ferrari, herdou a ponta, mas também não conseguiu completar a prova, parando na Aqua Minerale por falta de combustível.
Com isso, Alain Prost assumiu a liderança e, pilotando com extrema cautela, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. No entanto, a vitória de Prost foi anulada pouco depois, já que seu carro foi desclassificado por estar 2 kg abaixo do peso mínimo permitido. A vitória foi então concedida a Elio de Angelis, da Lotus, que se tornou o grande vencedor daquela tumultuada corrida.
No total, apenas cinco carros receberam a bandeirada, e um deles foi desclassificado posteriormente. Entre os abandonos nas voltas finais estavam nomes de peso como Nigel Mansell, Nelson Piquet e Martin Brundle, todos vítimas do consumo excessivo de combustível que marcou aquele evento.
Essa corrida é um perfeito exemplo das dificuldades enfrentadas pelas equipes na era dos motores turbo, onde o equilíbrio entre potência e eficiência era crucial. O GP de San Marino de 1985 permanece como um testemunho das incertezas e surpresas que a Fórmula 1 pode oferecer.
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