Ricciardo voltou à Fórmula 1 pela AlphaTauri em 2023, substituindo Nyck de Vries, mas uma fratura no punho no GP da Holanda o afastou por cinco corridas, abrindo espaço para Liam Lawson. Em 2024, já na equipe renomeada RB, o piloto teve uma nova oportunidade de provar seu valor, mas resultados inconsistentes e dificuldades de adaptação ao carro, o VCARB-01, comprometeram seu desempenho.
Alan Permane, diretor de corridas da RB, admitiu em entrevista que até mesmo Ricciardo não sabia ao certo o que estava dando errado. “Nós nos sentamos, conversamos e tentamos descobrir. Ele estava pensando demais, preocupado com os pneus e com questões que talvez não fossem relevantes, o que afetava seu desempenho.”
Permane destacou momentos de brilho, como a classificação em quarto lugar em Miami, que deu esperança de que o Ricciardo da época da Renault estivesse de volta. No entanto, ele não conseguiu manter consistência: “Era como se ele fosse excelente em um momento e depois terminasse em 18º no outro. Foi misterioso, para ser honesto.”
Permane também comentou sobre o desafio que veteranos, como Ricciardo e Lewis Hamilton, enfrentaram com os carros de efeito solo, enquanto jovens talentos, como Franco Colapinto e Oliver Bearman, pareciam se adaptar mais rapidamente. Ele ponderou, entretanto, que manter a consistência semana após semana é a maior dificuldade para os novos pilotos.
“Trazer performances de alto nível toda semana é o mais difícil. A Fórmula 1 exige não só desempenho na pista, mas também lidar com as pressões fora dela, como relações públicas e compromissos com a equipe.”
Com a saída de Ricciardo, a RB reforçou sua confiança em jovens promissores, como Liam Lawson, para compor seu futuro competitivo na Fórmula 1.
Referência: Motorsport